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quarta-feira, 27 de abril de 2011

O doce sabor da lembrança


O tempo corre mais célere do que nunca neste ano. Compromissos pipocam em meu colégio, em meu Capítulo e também em minha vida social. Não há lacunas vazias, não há pausas para o ócio. Entretanto, um fato me abriu os olhos. Uma leitora manifestou, tímida, seu apreço por meus relatos, na viagem de volta a Santa Maria.
"Vi que você é real"
Receber um comentário desses é indescritível, ainda mais para mim, que imaginava meus leitores como fictícios e não-reais. Enfim, reservarei um tempinho para retribuir a essas pessoas que concretizam-se a minha frente e que gostam de saborear minhas singelas palavras.

Falando em saborear... Estou com o armário abarrotado de chocolates e bombons. Minha boca enche d'água só em descrevê-los. E não sou o único a ter a gula fomentada nesse último feriado. Não me deterei em ressaltar o valor cristão da Páscoa, mas comentarei os sentimentos que os amados e apreciados chocolates andam me despertando.
O doce e indescritível sabor que acaricia meu paladar não o faz apenas em sentido gastronômico, mas também em sentido psicológico. Explicarei.

No sábado desse feriado, fui abordado pro minhas madrinhas que, imediatamente ao me verem, já deram-me seus ovos de Páscoa de presente. O primeiro pensamento: " Uhul, gordices para a semana inteira". O segundo: "Droga, sempre ganhava ovos de Páscoa no domingo, depois de sair correndo atrás das pegadinhas do coelho.". Terceiro pensamento: " Cala a boca, Eduardo idiota, tu já tens dezesseis anos e não corre atrás de pegadinhas." Segui até o fim da noite na estrita racionalidade necessária à minha idade. Dormi.

Domingo amanhece, acordo na casa de minha vó. Ao levantar, corro para abrir a porta, num instinto infantil de buscar o ninho de Páscoa. Tudo vazio. Sem pegadas. Sem ninho. Sem infância. Sem sorrisos. Até que a voz da racionalidade me chamasse novamente, e me fizesse notar que eu não deveria e nem podia estar esperando por nada diferente daquilo. Não me contive. Fui perguntar ao Lorenzo, meu primo menor:

- Feliz Páscoa, Lorenzo! E o coelho, já deixou teu ninho?

O pirralho olhou-me com uma cara de poucos amigos e de nítida irritação:
- Eu já sou grande demais para acreditar em coelhinho, Du! Nem tenta mentir pra mim!

Tudo bem. Talvez a criança da história fosse realmente eu. O dia passou, a noite chegou, voltei para SM (o encontro com a leitora aqui ocorreu) e dormi o sono dos saudosistas.

Segunda amanhece. Aula.
Provão de redação.
Tema: O Lugar dos sonhos.
Não sei como, nem por que exatamente, mas meu lápis escrevia praticamente por conta. Descrevi um lugar rural, repleto de pomares, muitíssimo semelhante à granja de meu falecido avô.

Para tudo!

Logo eu, que sou, aberta e reconhecidamente, urbano em essência, descrevendo um lugar ideal no CAMPO?

A explicação está no ninho inexistente de meu domingo pascal. Abriu uma fenda irracional de saudade em meu peito, que trouxe consigo uma onda nostálgica de tudo que se relacinava com minha infãncia, inclusive as alegres tardes que passava entre as bergamoteiras na granja do vô. Ahhh! Falando em bergamotas, me abriu o apetite! Vou fazer um lanchinho! Chocolates, aqui vou eu!

terça-feira, 5 de abril de 2011

Prosaico para você, virtuoso para mim

Não é necessário citar as circunstâncias e estado que me impelem a escrever esse post, mas sim o estado de êxtase momentâneo que me embriaga, e que me absorve em meio a memórias perdidas de caminhadas reflexivas.

O que me impressiona, mais do que minha própria complexidade mutante, é a capacidade sinistra de mascarar e dissimular de algumas pessoas, em oposição à admirável e simples aptidão de outras à humildade, gratidão e veracidade de gestos.
Não se trata de uma postagem vazia, mas também de nenhuma crônica estrondosa. O que me motiva a escrever a essa hora e nesta ocasião, é que um fato de hoje, vespertino e tolo, ainda segue dando voltas em minha consciência. A minha vizinha mendiga volta a ser tema recorrente em minhas postagens.

Peço desculpas aos que julgarão a personagem sem graça e repetitiva, mas a culpa foge de meus braços quando os atos desta mendiga tomam vida e dançam em minha cabeça como exemplos da pureza extinta deste mundo civilizado, o qual atesta a selvageria nunca antes vista.

O fato não é surpreendente, sobrenatural ou inverossímil aos olhos racionais, mas com um olhar mais vigilante, pode ser tido como metonímia viva de virtudes suprimidas na vida dos maratonistas da rotina diária.

Cessando com o ciclo cansativo que tracei, revelarei a surpresa nada inacreditável que vivi hoje, mas ainda assim admirável em essência. Voltava do colégio, com alguns colegas, e imerso em algum assunto relacionado à junção de hoje à noite, ouvi um “oi” entusiasmado, de um dos bancos do calçadão. Era a mendiga Maria – como descobri que a chamavam - dando-me um vigoroso cumprimento acompanhado de um sorriso imaculado, ainda que meus passos denotassem uma pressa antipática. Não trato de uma admiração causada por uma crônica premiada pela descrição de um ato virtuoso dela. Ela não deve nem ter ideia de que é a personagem principal do Concurso Literário de dois mil e dez. Entretanto, ela lembrou-se dos cumprimentos e desejos de “bom dia” freqüentes que eu direcionava a ela, quando a via acordada, no colchão afofado ao lado da farmácia. E mesmo realizando atos banais, diariamente, recebi o reconhecimento, nada banal , de alguém cuja vida não concebe trivialidades, porque cada dia é uma batalha distinta.

Confesso que estou dando a concepção de “atitudes notáveis e relevantes” a atos antes caracterizados por “prosaicos”. Não se trata de uma inversão de valores de minha parte, mas do esquecimento momentâneo de o quanto alguns versos ingênuos podem variar o humor das pessoas, e principalmente o meu.

terça-feira, 29 de março de 2011

Saindo da languidez

Confesso que estou completamente extenuado depois de um dia cheio de afazeres. Porém, ao receber um comentário sobre meu blog, mesmo depois de eu ter tido um relativo e temporário descaso e desinteresse por esse, senti-me na obrigação de tirá-lo do esquecimento e revigorar o seu ânimo, que há muito já está mais exaurido que o meu.

O terceiro ano começou e, de encontro às minhas expectativas idealizadas de interesse extremo pela nova série e pela nova fase da vida, veio a realidade: ainda, por mais pasmoso que pareça, sou muito ligado às minhas raízes. Entenda-se bem que isso não foi um processo linear, e que tive sim momentos de êxtase na cidade em que resido hoje. Porém, ao voltar de férias a Cruz Alta, após o término do segundo ano, construí amizades novas, antes impensadas, e fortaleci outras sobremaneira que não consigo e muito menos quero abrir mão dessas pessoas. Vale destacar que essas pessoas são hoje meus melhores amigos, mesmo não os tendo comigo todos os dias. Por eles, incendeio o sentimento mais puro e por eles espero ansioso a chegada de cada sábado, aguardando o reencontro.

Sem querer seguir uma ordem plana de raciocínio, e pretendendo externar os pensamentos que me alfinetam de imediato, mudarei de assunto tão bruscamente como quem fala de batatas fritas e começa a citar saladas. Aliás, em meio a frituras, comilanças e correrias, tenho tentado dar ritmo aos meus estudos. O último ano me assusta. O incrível é que o compasso, que já deveria estar aderido à minha pele e à minha mente, ainda não foi atingido e a busca por ele me cansa, como se minha cota de esforços excessivos já estivesse esgotada. Conseguirei o que quero, no ritmo que quero. É isso que garanto para vocês e que garanto garantir para mim mesmo. E tenho dito.

Quanto aos sentimentos mais diversificados, simplesmente não sei o que será do amanhã. Entre idas e vindas, voltas e reviravoltas enlouquecedoras e alucinantes, só espero que a minha felicidade seja o fim, sempre. Quanto à busca por ela, logicamente não envolverá processos simples e prontos. Passarei por curvas sinuosas e por caminhos desconhecidos. Mas quem foi que disse que a felicidade não é um fim em si mesmo? Quem sabe, meus caros, a busca dela, seja a própria. O início, o meio e o fim. Sim, posso ser um louco, insano, mas prefiro acreditar na metafelicidade!

sábado, 29 de janeiro de 2011

Saindo da inércia

Em meio a minha vadiagem típica de férias, a inspiração necessária para escrever neste blog tem sido tão escassa quanto os dias em que a chuva não caiu sobre Cruz Alta. Entretanto, para dissipar tal comparação só me restam duas alternativas: Torcer para que a chuva, por um milagre divino, dê uma trégua ou ressucitar da inércia vergonhosa de minhas férias e tentar tornar palavras algumas ideias proveitosas.

Nesses últimos dias têm me passado muito mais ideias subjetivas pela cabeça do que objetos propriamente ditos. Então, com o perdão do leitor, pode ser que daqui saia um texto excessivamente subjetivo. Isso pode causar tanto tédio quanto êxtase, uma vez que as palavras que não entregam diretamente o foco de sua descrição podem exaurir a paciência de meu caríssimo leitor, ou em vez disso podem abrir-lhe o apetite da curiosidade.

O fato é que nesses últimos dias estou entrando em fase de readaptação. As férias ultrapassam a metade e a ideia de abandonar todos os laços que fortaleci nesse período me abomina. Não quero entrar na fase do desapego novamente. O gramado da nova casa é tão bonito e cada vez mais me encanta. As flores que o enfeitam parecem mais bonitas toda vez que as vejo. Mas as novidades e a hospitalidade que o o jardim da minha antiga casa trazem, sempre que a visito, ainda parecem atraentes o bastante para que eu tenha medo de abandoná-lo.

Na volta a esse jardim eu cultivei alguns recantos separados do restante do pátio. E há dois, em especial, que me satisfazem mais. Em um cultivo cerca de dez flores, mas há tanta beleza e candura nelas que nunca me preocupo em contar o número exato em que se encontram. São belas e únicas. Têm entre si uma relação tão íntima que parecem entender a alma das demais e por esse fato guardam dentro de suas cores vivas e singulares uma parte de minha própria alma. O outro recanto ainda é pequeno, e abriga uma rosa solitária. O sol ainda tenta a fazer desabrochar, mas o que mais faz bem a ela é o tempo. E é esse senhor de tudo que me mostrará também a dimensão real que esse recanto terá. Mesmo que na minha imaginação ele pareça ofuscar a beleza do restante do jardim.

E já que falamos no tempo, aproveito para dizer que é ele que corre e tem pressa para chegar a mim. Parece ansioso para me mostrar as novidades de Fevereiro. Como uma criança que aguarda o presente do Papai Noel, eu espero que as novidades satisfaçam meu gosto extremamente exigente, e que o tempo, bem como o bom velhinho, acerte o presente que me agrade.

Cheguei num alvo cuja própria subjetividade embaraça qualquer ponto concreto. Há só uma coisa a dizer: TIC! TAC! TIC! TAC! TIC! TAC! TIC! TAC!TIC! TAC! TIC! TAC!TIC! TAC! TIC! TAC!TIC! TAC! TIC! TAC!TIC! TAC! TIC! TAC!TIC! TAC! TIC! TAC!TIC! TAC! TIC! TAC!TIC! TAC! TIC! TAC!TIC! TAC! TIC! TAC!TIC! TAC! TIC! TAC!TIC! TAC! TIC! TAC!TIC! TAC! TIC! TAC!TIC! TAC! TIC! TAC!TIC! TAC! TIC! TAC!TIC! TAC! TIC! TAC!TIC! TAC! TIC! TAC!TIC! TAC! TIC! TAC!TIC! TAC! TIC! TAC!TIC! TAC! TIC! TAC!TIC! TAC! TIC! TAC!TIC! TAC! TIC! TAC!TIC! TAC! TIC! TAC!TIC! TAC! TIC! TAC!TIC! TAC! TIC! TAC!TIC! TAC! TIC! TAC!TIC! TAC! TIC! TAC!TIC! TAC! TIC! TAC!TIC! TAC! TIC! TAC!TIC! TAC! TIC! TAC!TIC! TAC! TIC! TAC!TIC! TAC! TIC! TAC!TIC! TAC! TIC! TAC!TIC! TAC! TIC! TAC!TIC! TAC! TIC! TAC!TIC! TAC! TIC! TAC!TIC! TAC! TIC! TAC!TIC! TAC! TIC! TAC!TIC! TAC! TIC! TAC!TIC! TAC! TIC!

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Chove

Se você mora em Cruz Alta deve saber muito bem que foram raros os dias deste verão que não se acinzentaram repentinamente e deixaram a chuva cair desenfreadamente. E se você não mora aqui, há de convir que chuva está longe de ser a coisa mais desejada no verão, pelo menos para aqueles que querem curtir o aspecto mais valoroso que esta estação tem a nos dar: o seu calor!

Bom, não estou reclamando dessas benditas gotas que insistem em cair em meio ao meu verão, elas têm alguma serventia... E a utilidade de agora será representar a metáfora de um momento da minha vida, e talvez da sua...

Imaginemos nós que a vida fosse algo quente, a todo instante, incessantemente...
Em um sentido primário poderia ser algo realmente satisfatório, claro, mas pensemos melhor... Quando a vida esquenta demais fica difícil projetar o rumo que vamos querer dar a ela. O raciocínio fica embaçado e as ações resultantes são, por muitas vezes, impetuosas, e você sabe bem que o ímpeto não é o melhor amigo de alguém que quer fazer as coisas bem pensadas.

Entenda-se bem que não quero, e não estou sugerindo que alguém quer, ter uma vida extremamente racional. O calor da hora é uma das coisas que mais ajuda a construir os momentos de alegria e felicidade. O problema é quando temos um calor de 24 HORAS, porque em alguma dessas 24 horas você vai tropeçar em seus próprios passos afoitos e as complicações serão inevitáveis.

Onde é que a chuva entra nessa história toda? É aí que está o centro de toda esta minha metáfora... Se o calor perdurar 24h por dia não teremos tempo para pensar, planejar o agora e tampouco o depois. É fundamental termos alguns instantes de chuva refrescante também na nossa vida. São esses momentos de inteira sanidade que nos darão maior segurança para seguir feliz, e da maneira correta.

Então, enquanto mando embora a chuva que cai durante minhas tardes de verão, peço que a chuva que refresca meus pensamentos continue caindo... Ando precisando dela!

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

2011!

E abrindo meus trabalhos em 2011 dou um viva à amizade pura e compreensiva,
aos sentimentos verdadeiros e recíprocos
ao empenho em fazer dar certo
à justiça no julgar das ações
ao verão que é tão quente na pele quanto no coração
e a todos os que de alguma forma veem na vida algo maior do que o seu próprio umbigo!

2000!

Exclui o contador aquele que estava dando alguns problemas...
Mas sigo informando-os segundo o oficial, cedido pelo Blogger:
Total de visitas:

2042!

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

(SÓ) rindo

Às vezes não são necessários dias, meses ou anos para se sentir que a vida vale a pena... Principalmente quando se trata da idade em que eu estou!

Confesso que por vezes hesitei em vários aspectos, questionando-me sobre a que ponto, exatamente, minha maneira de levar a vida estava correta. A que ponto, exatamente, valia pagar o preço de algumas privações. Descobri que o ponto correto está ,não no êxito que consegui desempenhando tais atos, mas nos sentimentos intrínsecos à minha alma quando fico feliz por eles! E feliz não por números ou qualquer tipo de matéria, mas feliz pelas essências humanas que emanam de mim e para mim quando eles acontecem!

Não desejava fazer um texto muito longo... A esta hora da madrugada, resolvi apenas tentar retribuir por este meio a algumas pessoas que, tão rápido, têm me provocado gargalhadas incessantes e um sorriso insistentemente extasiante que se resume a uma palavra que a cada vez que os encontro, fica mais clara sob os meus olhos: AMIZADE

E... galera do "OMC"... QUE SEJA ETERNO ENQUANTO DURE!

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Lanterna dos Afogados!

Quando tá escuro e ninguém te ouve
Quando chega a noite e você pode chorar
Há uma luz no túnel dos desesperados
Há um cais de porto pra quem precisa chegar
Eu tô na lanterna dos afogados
Eu tô te esperando, vê se não vai demorar

Uma noite longa por uma vida curta
Mas já não me importa basta poder te ajudar
E são tantas marcas que já fazem parte
Do que sou agora mas ainda sei me virar
Eu tô na lanterna dos afogados
Eu tô te esperando vê se não vai demorar

Uma noite longa por uma vida curta
Mas já não me importa, basta poder te ajudar
Eu tô na lanterna dos afogados
Eu tô te esperando ve se nao vai demorar
(Herbert Viana)


Eu sou mais um, com certeza, dos jovens que se entorpecem de músicas modernas, repletas de sons eletrônicos, em que a letra ou a melodia importam cada vez menos que a batida do som. Mas confesso que por esses dias me vi arrebatado por uma onda retrô. Explico!

Eu estava assistindo TV, jogado no sofá, em uma nítida fotografia viva de férias, e sob um outro olhar: férias tediosas. Mas o acontecimento que me leva a escrever não reside aí. Passou um comercial de CD, uma artista nova, relançando algumas músicas, sob nova interpretação. CONQUISTOU-ME!!! A tal lanterna dos afogados ia e vinha na minha mente, decidi procurar na internet a letra e a música completa.

O que eu encontrei foi uma música nada nova dos Paralamas do Sucesso, com uma letra simples, mas ,sob um olhar atencioso, muito expressiva. E aí, uma série de devaneios cultivados na minha mente vazia, em férias, me pediram para serem aproveitados.

Tudo bem que é só uma música, que não é característica da minha geração, mas ela pode ser uma metonímia da minha juventude, no sentido da minha GERAÇÃO de jovens. Somos instintivos e imediatistas sob o aspecto musical, pessoal, alimentício e - sim - inclusive capilar. Não paramos para ver o que cada tendência, de cada tempo, tinha a dizer, tinha a expressar, e rejeitamos toda e qualquer forma de "retrocesso".

O que deixamos de perceber, da forma mais ingênua possível, é que existem coisas das outras gerações que eram mais bem feitas do que as que são feitas agora e que serviam muito mais para completar os indivíduos que delas faziam parte. Era tudo menos mecânico e, portanto, mais emocional.

Sendo mecânicos, é comum dizermos que não viveríamos sem as inovações que o "nosso" mundo fabricou. E, sinceramente, acho que não conseguiríamos mesmo. Mas isso tem uma razão clara. Assim como robôs não vivem sem seus chips, seres humanos automatizados não vivem sem os computadores, celulares e músicas vazias que os CONTROLAM.

Posso estar sendo realmente hipócrita dizendo tudo isso. Mas acho que é melhor pôr aqui meus devaneios. Afinal, antes de tudo foi um novo jeito de escutar uma música, mas por que não pode ser um novo jeito de ver TUDO? Por que não utilizar tantas marcas para o que eu sou agora?

domingo, 12 de dezembro de 2010

Férias! Merecidas!

Já não era novidade que o sucesso de meu ano estava condicionado ao meu sucesso no PEIES. Então, aos que acompanham meus passos tenho orgulho de dizer que meu ano tem um SUCESSO em maiúsculas, negrito e itálico. Felizmente neste domingo, mesmo pensando que não havia obtido êxito, consegui alcançar uma marca considerável no concurso sobredito. Estou absolutamente realizado... Quero aproveitar meu tempo de descanso agora, porque, afinal, foi um ano bem cansativo.

Um grande abraço a todos que ficam felizes com a minha felicidade.

domingo, 21 de novembro de 2010

Boas novas

Eu provavelmente não estarei, ao menos no período das próximas três semanas, mais livre do que nesse exato momento para escrever algo interessante. E juro que minha vida tem me dado recentes motivos para me alegrar, e isso é mais do que suficiente para inspirar-me palavras.

No dia 4/11, assumirei, se tudo correr bem, como Mestre Conselheiro do meu capítulo em Cruz Alta (Ordem Demolay) e isso me deixa animado pra contar os dias para esse momento. É algo de suma importância, que me enche de orgulho, ao mesmo tempo que me prega novas responsabilidades. Dessa vez são responsabilidades boas, que me ensinarão cada vez melhor a arte de viver.

Somando-se a isso, nesses tres útimos dias, em especial, algo tem me chamado a atenção. Não de forma certeira, que torne extintas todas as minha dúvidas e inseguranças, mas de uma forma confortante, que leva doses de adrenalina pulsante ao me sangue, deixando ébrio mais uma vez uma parte de mim que jazia no solo pungente da racionalidade.

E por fim, para completar,recebi hoje uma notícia que me deixou muito, mas muito feliz. Algo que vem como recompensa de um período não muito bom, em que a luta contra aquele mal foi feita de mãos dadas, e hoje ele está pulverizado sob nossos olhares. Palmas eu dou ao grande vitorioso disso tudo, que conseguiu vencer as adversidades com o espírito da superação. Palmas pra você, que saberá quem é!

E a você que leu e não entendeu nadinha disso tudo. Fique com apenas esa última frase:

ESTOU FELIZ!

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Recompensa

Ontem, na Câmara de Vereadores de Santa Maria, foi a premiação do Concurso Literário Municipal, no qual fui contemplado com o 1º lugar. Foi a segunda vez, em dois anos, que eu obtive uma premiação devido a minhas palavras. É, com certeza absoluta, inspirador e recompensante obter tais êxitos; são fatos que enrijecem a alma de quem é aclamado por eles e dão ânimo para seguir projetando minha consciência crítica nas palavras, que por um presente divino, aprendi a usar. Agradeço a todos os que participaram direta ou indiretamente desse conquista.


Abaixo, seguem os dois textos com os quais consegui premiações nos concursos da cidade.

2010

XXXI Concurso Literário Municipal
Colégio Riachuelo
1º Lugar Crônica
Eduardo Librelotto Fernandes


Paradoxo

Estava a minha vizinha mendiga - como já fizera outras vezes - a preparar seu 'cafofo' ao lado da farmácia. A organização e o cuidado com que a mulher de trajes maltrapilhos dispunha seus objetos era algo fascinante por si só. Porém, depois de, aparentemente, concluir seus afazeres 'domésticos', alguma coisa curiosa aconteceu. A vizinha se encaminhou à 'mesa do almoço', improvisada no meio-fio. Sentou-se. Abriu uma sacolinha com alguns alimentos bagunçadamente amontoados e retirou seu bife salpicado de grãos de arroz. Abocanhou-o, nitidamente famélica. Entre seus dedos, escorriam os farelos despedaçados pelos dentes espaçadamente dispersos na boca quase banguela. Seus olhos fitavam o alimento e pareciam nada mais ver. Duas lentes fixas em um foco, como que com medo de que o alimento fugisse e a fome voltasse. Não percebia os passos velozes dos indivíduos que passavam, e estes tampouco a notavam diante da nuvem de detritos sociais que a encobriam.

Farejando os cantos da calçada, na esperança quase mórbida de não perecer, um cão esquelético aproximou-se, no instinto guiado pelo cheiro da carne. Estava perto demais. A mendiga notou. Uma troca de olhares marcou-se. Olhares de ambos os animais, um perante a sociedade, outro perante a natureza. Desconfiada, a mendiga olhou para o cachorro e voltou-se para os dedos, que seguravam firmemente um terço do bife. O baque ocorreu então. Sem titubear mais nem um instante, a mendiga abriu a mão e deixou o cão tomar-lhe o resto de seu almoço. Um sorriso sincero abriu-se naquele rosto maltratado. O sorriso de recompensa da solidariedade em essência.

Era extremamente paradoxal presenciar aquele fato. À medida que minha retina processava as imagens, os fragmentos iam se unindo em forma de reflexão. Era difícil acreditar. A mulher que costuma lutar diariamente pela sobrevivência, sob os olhos coniventes e egoístas dos transeuntes da cidade, mostrando que, mesmo imersa na miséria pungente, o estômago continuava menor que o coração. Um ato que poderia parecer impensado, ignorante... Contudo, era algo muito mais virtuoso, algo que a incompreensão de quem enxerga os fatos friamente é absolutamente incapaz de perceber. Um ato de nobreza; uma ação com alma impregnada, mesmo com a singeleza dos atos de uma mendiga. O paradoxo da riqueza dos fatos na pobreza da cidade.

2009

Concurso Verde que te quero verde, Jornal ‘A Razão’
1ª, 2ª e 3ª séries do Ensino Médio – Categoria Redação

1º Lugar: Eduardo Librelotto Fernandes


Ao planeta, empresto a minha voz

Flagrei-me, outro dia, em uma de minhas reflexões sobre o futuro, a imaginar o mundo dos meus sessenta anos. Meu céu, antes límpido e de azul resplandescente, escondia-se por entre os incontáveis arranha-céus; meu sol, que antes ofuscava o brilho de todas as coisas com sua suntuosidade, agora não era nem notado ante às nuvens de detritos que o encobriam. De nossos bosques, que antes tinham mais vida, não sobraram nem as lágrimas de dor ao serem mutilados.

Parei, frustrado; não posso apenas conformar-me e ser condescendente a esta realidade que toma forma aterrorizante e que ameaça destruir as formas básicas e perfeitas de nosso planeta. Isso porque, sendo você cético ou crente na existência de um Deus superior, não se pode desprezar o fato de que tudo q eu existe tem uma finalidade definida; nem ser ignorante ao ponto de pensar que nossa complexidade medíocre se equipara à magnitude de nossa Terra.

Se os apelos por socorro emanados por nossa natureza em chagas são emudecidos pela ganância que norteia os rumos de nosso mundo, eu empresto minha voz ao planeta e profiro gritos de socorro a todas as classes, pois vivemos todos em um mesmo mundo e é mister a todos a conservação dele.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Surpresa!

Eu descobri agora uma ferramenta do BLOGSPOT que me mostra as estatísticas do meu blog, desde a criação dele.

Quando pus o contador, o blog já tinha algum tempinho de existência, então tive que começar a contar do zero. Agora, com essa ferramenta OFICIAL, tenho o número exato e TOTAL de visitas do blog. Compartilhem comigo dessa surpresa!

# TOTAL DE VISITANTES: 1.301
#ORIGEM DOS VISITANTES: *1282 - BRASIL
*10 - EUA
*7 - CANADÁ
*1 - RU
*1 - MÉXICO


Agora, dá uma lidinha no post aqui de baixo. ABRAÇÃO

Devaneio 1

Se você começou a ler esse post achando que vai encontrar alguma informação bombástica ou uma super-hiper-mega-reflexão, é melhor voltar outra hora. Estive pensando em como a rotina, ou mesmo a mínima alteração dela pode gerar algumas palavras excêntricas, que encaixadas da maneira correta, podem ser prazerosas para mim, ou para você.

Hoje o céu destoou, e muito, dos tons anis que tem apresentado. Um cinza melancólico e uma brisa gélida fizeram a manhã parecer completamente deslocada do contexto "estio" a que rapidamente me acostumei. Aula, rotina, rotina, aula. No meio da monotonia e do silêncio de acontecimentos marcantes, ouvia-se ao fundo meu sangue clamar por glicose. Acordei muito tarde e não me restou tempo para pôr nada no estômago. Azar. Ou talvez sorte, porque alicerçado a esse fato ou não, tive um devaneio que me fez dar algumas risadas internas e intimistas.

Não me lembro do assunto, nem da matéria, mas ouvi a professora balbuciando sílabas perdidas, na intensão vã de caracterizar algo como AVASSALADOR.(Já avisei que o que se seguiria não seria NADA surpreendente) Lá vai meu devaneio número 1.

Depois de ter dito a palavra, fiquei desmontando-a mentalmente, sem nenhuma intensão prévia, senão passar o tempo inconscientemente. A-VASSALA-DOR --> A+DOR=indicadores de ação, transformação; VASSALO= nobre da Idade Média que servia a um outro nobre, jurando, de joelhos, fidelidade. AVASSALADOR = Tornar algo ou alguém seu vassalo, deixar de joelhos, sucumbir.

Não, nada inteligente ou admirável. O significado é esse mesmo, no dicionário, porém o uso que se faz dessa palavra é algo bem distinto dos moldes medievais que ela traz em seu intrínseco significado. E então, mesmo tendo deduzido uma coisa óbvia, percebi que essa, como muitas outras, é uma palavra que teve seu significado transformado do original, mas que analisada atenciosamente, revela sua essência verdadeira.

E o que são as palavras, senão a representação simbólica de nossos atos, seres e almas? Às vezes uma intenção, um uso, mas uma essência diferente.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

O rumo dos passos derradeiros

Eu deparei-me com uma deflagrante realidade nessa última semana: O ano está realmente chegando ao fim. Não foi uma descoberta genial, é claro, mas é uma informação que ainda não havia se tornado tão translúcida a meus olhos. O que deixo claro é que o término de meu ano é marcado por apenas uma data: 12/12, a prova do PEIES.

Faltam menos de dois meses,e isso é muito pouco tempo. Não há tempo para se perder, e já é hora de agendar as revisões e os tratamentos intensivos de estudo. E é justamente aí que entra o fato que me alertou acerca da realidade; a escolha do cursinho intensivo preparatório para o PEIES.

Sobre tal escolha, tenho algumas coisas a relatar. Ano passado, não tive dúvidas sobre a instiruição por que optar. Após uma experiência mal sucedida no semestral do Riachuelo, não exitei em apostar no Fóton todas as minhas fichas. Decisão mais que acertada, pois, com o perdão da opinião particular, os professores do cursinho escolhido, no primeiro ano, superavam - e muito - os do concorrente.

Este ano a história seria a mesma, em tese, uma vez que as experiências na parte inferior da Venâncio Aires tinham obtido minha confiança para a instituição. Mas o concorrente, Riachuelo, não manteve o nível raso que outrora havia apresentado. Neste ano, o cursinho de meu colégio apresentou um corpo docente que me deixou simplesmente boquiaberto. São, reconhecidamente, professores eficientes, e essa característica, no período INTENSIVO, é a mais determinante, sem dúvida. Mesmo com o corpo de professores, parcialmente mantido, o Fóton, nesse quesito, foi derrotado.

Seria uma questão simples, não fossem alguns outros fatores que afloram em meu invólucro juvenil. As lembranças da fervorosa multidão se encontrando nos recreios, a sala de aula com cento e oitenta alunos e as pessoas diferentes que se viam todas as noites.O Fóton lembra também realização adolescente. Não deveria, afinal a qualidade de ensino deveria prevalescer acima de qualquer fator. Mas o Fóton tem a preferência da maioria, justamente pelo encontro massivo de pessoas em um só lugar.

A questão sobredita, mais uma que se apresenta sob a tensão desse fim de ano, ainda perdurará por alguns dias, até que seja aniquilada por uma solução. Porém, a tensão que já se apoderou de mim só me libertará no dia 12/12, em torno das 18h20 min, quando o grito de férias puder ecoar além de minha garganta.


Longe de ser parâmetro comparativo com os demais posts, este serviu muito mais para movimentar novamente minhas atualizações que para afagar minha habilidade ortogramatical. Um grande abraço e até a próxima.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

CONFIRMA

CONFIRMA!CONFIRMA!CONFIRMA!CONFIRMA!CONFIRMA!CONFIRMA! Fim ! Votou!
Meu primeiro ato de exercer o direito cívico de votar foi realizado com sucesso, e me rendeu muito mais do que uma minúscula parcela no percentual geral.

O que ocorreu foi que, após sair de minha seção eleitoral, um estado de paz sobredourou minha consciência. Não foi a certeza de um país melhor, mas pelo menos a certeza de um dever cumprido com retidão e comprometimento. Selecionei meus candidatos segundo ideologias próprias, o que resultou em uma intrigante colcha de retalhos em minha ficha de votos. Diversos partidos figuraram sob minhas digitais nesse domingo eleitoral, e alguns declaradamente inimigos partidários dos outros. Tudo por que preferi ouvir o que minha incandescência juvenil bradava e dar vez aos MEUS próprios partidos ideais e pôr nos CANDIDATOS, e somente em suas índoles, minhas esperanças.

Sei, pois não sou nenhum alienado, que não haverá revoluções gritantes no jeito de governar. Sei que a honra continuará sendo aviltada constantemente pela ilegalidade indiscreta. Porém, minha imaginação onírica ainda projeta avanços significativos para o bem da nação,fundamentados, primeiramente, por um voto bem pensado.

E assim, por mais que minha paciência clamasse já por uma trégua das incansáveis propagandas políticas, há alguma coisa em mim que sentirá falta de todo esse processo eleitoral. Certamente, é a mesma coisa que mantém uma esperança pueril em minha consciência cidadã, e que faz meu coração palpitar diante daquela sonhadora tecla verde.