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terça-feira, 13 de julho de 2010

Tempo de parar pra pensar

O período de provas se aproxima, marcando o final do bimestre. O paradoxo entre meus sentimentos é evidente. O sentimento de alívio e felicidade pelo fim de um semestre de atividade vem direatemente de encontro à apreensão que me define nesses três dias de avaliação. Porém, é em períodos de transição como este que estou vivendo que a parada para reflexão fica mais nitidamente compreendida. Ponderar os aspectos que se somaram ao lado do SUCESSO e reavaliar o que não saiu da melhor maneira (leia-se fracassos).

O ano começou como todos, pois já não havia muito a que se acostumar. O tempo de adaptação já havia, e pudera, ser superado. O que restava era reconhecer os novatos que me iam cercar. Testar novos laços e considerar novas atitudes. Um primeiro ano inteiro se formou. Novas peças para meu quebra cabeça, em que eu tentei escolher as mais prováveis para completar o desenho perfeito da minha identidade. Dentro dessas, muitas se destacaram, outras se DESCARTARAM, outras se anularam. Continuei, portanto, a formar minha personalidade embasado em ideais imutáveis de meu caráter. Não há o que se mudar nisso tudo, são processos naturais da origem humana; CONHECER + AVALIAR = CONSIDERAR ou DESCONSIDERAR.

Vale ressaltar que, embora sejam processos naturais aos seres humanos, o semestre que se passou ficou marcado por acontecimentos que me permitiram uma visão privilegiada da cidade na qual resido hoje. Fatores que ainda não haviam se sobressaído a meus olhos ficaram nítidos, me permitindo um olhar mais atencioso às pessoas que tão próximas estavam, e tão distantes ficavam. Em suma, a cidade que eu, decididamente, não gostava, foi gradualmente se transformando em um dos redutos ( nunca abandonando a INABALÁVEL Cruz Alta) de minhas afinidades mais notórias. Aqui, encontrei pessoas das quais me orgulho de poder chamar de amigos. Dos posões nas casas dos colegas, inexistentes no ano que passou, das reuniões regadas a MUITA pizza, das juñções que me deram algumas dores de cabeça( é claro que você me entende!), das pessoas que depois de um 'bom dia' de manhã, de um convite na mesma hora, e de uma festa à noite, passaram a fazer parte do hall de minhas relações. Encontrei a melhor coisa que me poderia acontecer, confiança, amizade, sentimentos contraditórios, tudo misturado com muito riso, salpicado com amor, e agora com uma parte bem definida do meu jeito.

À partir de tudo isso ganhei autoconfiança, me senti completo. Tenho um blog e um número notável de leitores. E de mais de duas cidades, o que é consideravelemente animador. Desenvolvi meus gostos, habilidades e encontrei pessoas que de uma maneira ou de outra gostam do que eu faço. Vi-me alavancado por olhares atenciosos e exigentes.

Porém, nem tudo são flores, descobri que não sei identificar um tópico frasal, não sei valer-me de elementos de coesão e o que é pior, realizo minha conclusão em torno do que não era a tese (lógico, eu nem sei reconhecer uma). Pode parecer surpreendente, mas não é. Minha opinião não tem valor, quando o que se cobra em concursos são elementos técnicos, resta a mim, adaptar-me a eles. Estou tangenciando o tema, então voltemos à proposta inicial. Estou neste momento tentando retomar meus erros, porém, creio que não sejam assuntos que merecem demasiada ênfase. Escolhas erradas devem ser repensadas, e isso já foi feito nos recônditos da minha psique. O que me resta é tentar não repetir os mesmo erros.

Por fim, caríssimos, gostaria de agradecer a atenção de vocês por esse período de meu ingresso ao submundo virtual dos blogueiros. Agradeço a aceitação. Todavia, se este não foi o texto sublimado de despedidade do semestre, perdão. Foi o que minha inspiração permitiu nesse exato momento. Agora, se me der licença, tenho que cuidar de minha paradoxal tranquilidade a 6000 volts.