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sábado, 31 de dezembro de 2011

Dois mil e ousei!



Quando eu fechar meus olhos à zero hora do primeiro dia de dois mil e doze, um turbilhão de imagens percorrerá minha retina, com nitidez, vivacidade e emoção, trazendo de volta os melhores momentos do melhor ano da minha vida; esta emoção será inigualável, como foi este ano que se encerra agora.

Há três anos eu mudava de vida completamente, tomava um rumo arriscado e vislumbrava um futuro ideal, com meus sonhos solidificando-se no ar, como num passe de mágica. Só eu sei o esforço que tal revolução me exigiu e quanto tempo demorei para me adaptar e perceber que a magia de minha vida seria fácil somente dentro dos livros de 'Harry Potter'.

Hoje, após esses anos de esforço e reviravolta, há algo fantástico em minha vida, um quê de realização, um torpor que me completa, uma sede saciada, uma sensação de dever cumprido única e indescritível. Sou melhor do que era e diferente do que serei, sou um presente grato ao passado e eufórico pelo prenúncio de meu futuro.

Enfim, se quando fechei os olhos, todas as imagens de 2011 transitaram por meus olhos, quando abri-los, quero que todas as pessoas que eu amo ainda estejam do meu lado, porque é somente por elas que eu sigo em frente e é somente pela companhia delas que minha vida tem sentido. Quero viver cada vez mais intensamente e renovar minha vida a cada dia.

E, se em 2011 me aconselharam 'dois mil e ouse' e eu cumpri. Nesse 2012 que me aconselham 'dois mil e dose' eu completo: Dose dupla do ano que passou, por favor!

FELIZ ANO NOVO!!!

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Prêmio

Para um ano de extrema ferrugem literária e inércia do blog, ainda consolo-me com esta premiação a mim concedida. Boa leitura!


XXXII Concurso Literário Municipal de Santa Maria
Categoria: Crônica
2º lugar


Do cinza à cor da alegria

Há, na vida, ocasiões em que tudo parece conspirar para determinado fim. Era aquela tarde um desses momentos. Chovia levemente, e o vento frio e brando fazia as gotas tilintarem nas vidraças. Eu sabia que a predisposição evidente para aquele dia era unir-me aos cobertores e dormir ao som aconchegante da chuva; mas, por motivos que ainda desconheço, odeio obviedades e atitudes determinadas. Tomei meu guarda-chuva e saí sozinho e sem rumo pelas ruas da cidade.

Enquanto eu andava a passos cuidadosos, jogando “amarelinha” com as lajotas quebradas da calçada, os carros e os indivíduos traçavam seus caminhos no ritmo de sempre: velozes, mecânicos e ainda assim mais monótonos que um relógio de pêndulo. No entanto, isso estava longe de ser uma novidade. Segui o passeio por mais alguns minutos, já meio enfadado e arrependido por ter resolvido sair de casa. Meus pés estavam úmidos e o vento começava a incomodar-me, então decidi tomar o sentido da praça que marcava a entrada ao caminho de volta.

A praça estava praticamente vazia. Além das margens, por onde passavam as pessoas que seguiam outros caminhos, somente o enorme chafariz – quase sempre esquecido – continha pessoas em seu entorno. Parei discretamente para observar a cena solitária que se passava no local.

Um menininho – tinha lá seus cinco anos de idade – equilibrava-se na mureta que continha as águas do chafariz. Quando andava alguns metros, pulava para a calçada e, gargalhando, abraçava a avó que retribuía aos sorrisos. O menininho parava, vez em quando, e contemplava maravilhado os jatos d’água que subiam e desciam do chafariz. Os olhos do garotinho brilhavam e os risos vinham acompanhados de palmas descompassadas. O espírito entusiasmado da criança enchia-me os olhos. Tudo se passava com tamanha candura que não poderia ser mais paradoxalmente maravilhoso, emocionante e inexplicável. A felicidade do infante inebriava-me de uma enigmática satisfação; eu sorria solitário no meio da praça. Após inúmeras repetições do ato, o inocente menino correu para a avó e, de mãos dadas saíram andando lentamente para o sentido oposto ao que eu me encontrava. Nenhum dos dois parecia preocupado e, pelo sorriso sincero da criança, parecia que cada segundo de suas vidas estava valendo a pena.

Meu olhar permanecia absorto nos dois. Suas roupas eram surradas e mal cuidadas; os cabelos eram desgrenhados e as unhas compridas. Não eram, pois, de uma família muito abastada, mas ali estava a maior riqueza que eu já havia presenciado nos últimos tempos: ainda que o sol não houvesse
surgido, o dia estivesse cinza e a chuva deixasse o clima mais lânguido; havia uma criança e uma senhora idosa, que insistiam em jogar baldes de tinta da cor da alegria em suas vidas. Baldes arrojados por mãos que se engajam, diariamente, em uma luta persistente e infindável contra qualquer tipo de determinismo; seja climático ou até mesmo social. Indivíduos que, com todas as dificuldades da vida, encontraram em um simples chafariz a fuga de toda e qualquer obviedade; era a diversão, a alegria inocente, a riqueza dos fatos na singeleza da cidade.

Eduardo Librelotto Fernandes

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

O calor das novas auroras



Há uma certa tradição em meu ser que ordena que eu me retrate perante meus leitores quando de um período de longa ausência a este meio. Fique claro, entretanto, que a falta de dedicação e - por que não - inspiração pode ter procedência equívoca à causa que me impele a voltar à "ativa": segui o ritmo lânguido e vagaroso do frio por esses últimos meses e hoje retorno pelo ar doce e afável que as temperaturas amenas me trazem.

Poupemos desculpas e exageremos em produção, ainda que seja prudente lembrar que esta última pode já não ter o brio e eloquência que tivera outrora.


Temos doze graus pela manhã e vinte e poucos pela tarde; são, ainda, muito distantes dos eufóricos trinta e cinco do verão. Há neles, porém, um anúncio acelerado de mudança: peças de vestuário, organização de horários e atividades e - o principal - o humor das pessoas e a forma com que se relacionam nessa época mais aconchegante. Ora, a respeito dessa metamorfose capaz de unir, aproximar e aprofundar as relações coletivas, nada se pode dizer que fuja aos padrões de "entusiasmante" e "arrebatador".

Além disso, para apimentar nosso âmago sedento por vivacidade, o sol vem tingindo de um acalorado e exuberante alaranjado todas as auroras e ocasos dos últimos dias. Um verde acolhedor despertou nas árvores, e os jardins parecem dançar valsa em cor e ao som de orquestras cômodas de bem-te-vis, canários e sabiás. Por essa mesma entropia inexplicável, já vislumbram-se muito mais sorrisos nos rostos e as conversas triviais são permeadas por gargalhadas cada vez mais frequentes.

Poderão haver críticas sobre a escolha do tema para este "reinício", mas não poderia existir uma questão mais democrática para se introduzir um assunto depois de muito tempo sem "se ver", assim como acontece nas situações de nosso dia-a-dia. Afinal, agora é muito mais cômodo perguntar a respeito do tempo, pois já não teremos respostas lacônicas e tristes ao comentar sobre frio e chuva, mas encontraremos sorridentes e animados comentários de 'belos e acolhedores dias'.

Portanto, resta-nos luzir também a nossa essência. Afinal, teremos afáveis e acalarodas novas auroras e, ainda que possa durar apenas alguns meses, é o início de uma nova era.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Café bem quente

Sabe... Tenho me perguntado qual a culpa do fogareiro na temperatura de meu café. Estou quase convencido de que ele fica morno quando não tenho boas histórias para compartilhar. E, convenhamos, café morno é tão lânguido que o paladar rejeita, o sono se abanca e a vida se deprime.

Por favor, traga-me um café fumegante! Preciso queimar minha língua com tão bons causos e aquecer meu coração com a diversão que eles trazem.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Que tal agir?

Por que nos fixamos tanto em alguns fatos irracionalmente inexplicáveis e sem sentido, quando há tantos outros aspectos concretos e reais com que se preocupar? Por que permitimos que datas fixadas por um calendário comercial passem a guiar nossa mente, e não saímos da languidez rotineira que nos barra de realizar ações necessárias?

Dia 12/06, o tão esperado, comentado, ovacionado e lamentado Dia dos namorados! Para ser mais do que sincero, confesso que ele me causa náuseas, na maioria das ocasiões. Tenho lido muitos tweets, posts e declarações acerca desse assunto, e todos esses escritos se referem ou à ansiedade de se encontrar um namorado até essa data, ou à euforia por comprar presentes e demonstrar carinho em um único dia!

Não parece meio hipócrita que se tenha que esperar tanto tempo - a ponto de contar os dias - para poder abraçar, presentear, acariciar e dizer tudo que se sente? Namorados, não seria melhor fazer de qualquer dia o SEU dia? Convenhamos, multiplicar UMA tarde de abraços por MUITAS tardes de "filminho embaixo do cobertor" me parece muito mais atraente, não?

Além disso, queridos encalhados e encalhadas, a data não obriga ninguém a sair farejando pelos cantos à procura de um príncipe encantado ou por uma Gisele Bündchen. Mágicas não acontecem. E além do mais, entre a carruagem da Cinderela que, depois do esplendor da meia-noite, esvai-se em magia, prefiro Bela, que reconheceu na realidade de uma fera a melhor das companhias.

Assim, não percamos tempo a idealizar, lamentar, ou ansiar. Viver é tão mais atraente e instigante. Não há tempo a se perder, sejamos mais ativos. O mundo está cheio de anfitriões. Ah, monótonos anfitriões! Que ficam aguardando as visitas que baterão a sua porta. Porém, amigos, mais felizes são os visitantes, que saem pelas ruas da vida sem rumo, a conhecer lugares inesperados. Visitantes a quem a vida se mostra uma surpreendente busca e nunca uma espera.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

O frio em 5 minutos!

Cinco minutos é o que tenho para este post. Não será necessário mais que isso.

O frio que vai se instaurando suavemente em nossas manhãs, já não traz mais a entropia natural da temperatura. Porém, há nele um quê exótico de carência. Esse sentimento que aguça e atiça os sentidos da alma, do sangue, do coração. Não basta dizer que o afeto é a melhor pedida, há de dizer-se que sejamos o afeto em pessoa. Ora, coerente às nossas carências, sejamos coerentes à razão. Não é correto apenas exigir, tem de haver doação, reciprocidade. O que precisamos é dar carinho, para recebê-lo como resposta. O egoísmo, sentimento frio, não cabe quando o que se precisa é de calor. Alguém que hoje acaricia, outrora já houve de ser acariciado. Só cobro cuidado de quem aceita, e sinceridade de quem executa. Sejamos sinceros, para que os versos de Augusto dos Anjos não sejam frios e reais em nossas vidas. Para que não se possa dizer " a mão que afaga é a mesma que apedreja.".

quarta-feira, 27 de abril de 2011

O doce sabor da lembrança


O tempo corre mais célere do que nunca neste ano. Compromissos pipocam em meu colégio, em meu Capítulo e também em minha vida social. Não há lacunas vazias, não há pausas para o ócio. Entretanto, um fato me abriu os olhos. Uma leitora manifestou, tímida, seu apreço por meus relatos, na viagem de volta a Santa Maria.
"Vi que você é real"
Receber um comentário desses é indescritível, ainda mais para mim, que imaginava meus leitores como fictícios e não-reais. Enfim, reservarei um tempinho para retribuir a essas pessoas que concretizam-se a minha frente e que gostam de saborear minhas singelas palavras.

Falando em saborear... Estou com o armário abarrotado de chocolates e bombons. Minha boca enche d'água só em descrevê-los. E não sou o único a ter a gula fomentada nesse último feriado. Não me deterei em ressaltar o valor cristão da Páscoa, mas comentarei os sentimentos que os amados e apreciados chocolates andam me despertando.
O doce e indescritível sabor que acaricia meu paladar não o faz apenas em sentido gastronômico, mas também em sentido psicológico. Explicarei.

No sábado desse feriado, fui abordado pro minhas madrinhas que, imediatamente ao me verem, já deram-me seus ovos de Páscoa de presente. O primeiro pensamento: " Uhul, gordices para a semana inteira". O segundo: "Droga, sempre ganhava ovos de Páscoa no domingo, depois de sair correndo atrás das pegadinhas do coelho.". Terceiro pensamento: " Cala a boca, Eduardo idiota, tu já tens dezesseis anos e não corre atrás de pegadinhas." Segui até o fim da noite na estrita racionalidade necessária à minha idade. Dormi.

Domingo amanhece, acordo na casa de minha vó. Ao levantar, corro para abrir a porta, num instinto infantil de buscar o ninho de Páscoa. Tudo vazio. Sem pegadas. Sem ninho. Sem infância. Sem sorrisos. Até que a voz da racionalidade me chamasse novamente, e me fizesse notar que eu não deveria e nem podia estar esperando por nada diferente daquilo. Não me contive. Fui perguntar ao Lorenzo, meu primo menor:

- Feliz Páscoa, Lorenzo! E o coelho, já deixou teu ninho?

O pirralho olhou-me com uma cara de poucos amigos e de nítida irritação:
- Eu já sou grande demais para acreditar em coelhinho, Du! Nem tenta mentir pra mim!

Tudo bem. Talvez a criança da história fosse realmente eu. O dia passou, a noite chegou, voltei para SM (o encontro com a leitora aqui ocorreu) e dormi o sono dos saudosistas.

Segunda amanhece. Aula.
Provão de redação.
Tema: O Lugar dos sonhos.
Não sei como, nem por que exatamente, mas meu lápis escrevia praticamente por conta. Descrevi um lugar rural, repleto de pomares, muitíssimo semelhante à granja de meu falecido avô.

Para tudo!

Logo eu, que sou, aberta e reconhecidamente, urbano em essência, descrevendo um lugar ideal no CAMPO?

A explicação está no ninho inexistente de meu domingo pascal. Abriu uma fenda irracional de saudade em meu peito, que trouxe consigo uma onda nostálgica de tudo que se relacinava com minha infãncia, inclusive as alegres tardes que passava entre as bergamoteiras na granja do vô. Ahhh! Falando em bergamotas, me abriu o apetite! Vou fazer um lanchinho! Chocolates, aqui vou eu!

terça-feira, 5 de abril de 2011

Prosaico para você, virtuoso para mim

Não é necessário citar as circunstâncias e estado que me impelem a escrever esse post, mas sim o estado de êxtase momentâneo que me embriaga, e que me absorve em meio a memórias perdidas de caminhadas reflexivas.

O que me impressiona, mais do que minha própria complexidade mutante, é a capacidade sinistra de mascarar e dissimular de algumas pessoas, em oposição à admirável e simples aptidão de outras à humildade, gratidão e veracidade de gestos.
Não se trata de uma postagem vazia, mas também de nenhuma crônica estrondosa. O que me motiva a escrever a essa hora e nesta ocasião, é que um fato de hoje, vespertino e tolo, ainda segue dando voltas em minha consciência. A minha vizinha mendiga volta a ser tema recorrente em minhas postagens.

Peço desculpas aos que julgarão a personagem sem graça e repetitiva, mas a culpa foge de meus braços quando os atos desta mendiga tomam vida e dançam em minha cabeça como exemplos da pureza extinta deste mundo civilizado, o qual atesta a selvageria nunca antes vista.

O fato não é surpreendente, sobrenatural ou inverossímil aos olhos racionais, mas com um olhar mais vigilante, pode ser tido como metonímia viva de virtudes suprimidas na vida dos maratonistas da rotina diária.

Cessando com o ciclo cansativo que tracei, revelarei a surpresa nada inacreditável que vivi hoje, mas ainda assim admirável em essência. Voltava do colégio, com alguns colegas, e imerso em algum assunto relacionado à junção de hoje à noite, ouvi um “oi” entusiasmado, de um dos bancos do calçadão. Era a mendiga Maria – como descobri que a chamavam - dando-me um vigoroso cumprimento acompanhado de um sorriso imaculado, ainda que meus passos denotassem uma pressa antipática. Não trato de uma admiração causada por uma crônica premiada pela descrição de um ato virtuoso dela. Ela não deve nem ter ideia de que é a personagem principal do Concurso Literário de dois mil e dez. Entretanto, ela lembrou-se dos cumprimentos e desejos de “bom dia” freqüentes que eu direcionava a ela, quando a via acordada, no colchão afofado ao lado da farmácia. E mesmo realizando atos banais, diariamente, recebi o reconhecimento, nada banal , de alguém cuja vida não concebe trivialidades, porque cada dia é uma batalha distinta.

Confesso que estou dando a concepção de “atitudes notáveis e relevantes” a atos antes caracterizados por “prosaicos”. Não se trata de uma inversão de valores de minha parte, mas do esquecimento momentâneo de o quanto alguns versos ingênuos podem variar o humor das pessoas, e principalmente o meu.

terça-feira, 29 de março de 2011

Saindo da languidez

Confesso que estou completamente extenuado depois de um dia cheio de afazeres. Porém, ao receber um comentário sobre meu blog, mesmo depois de eu ter tido um relativo e temporário descaso e desinteresse por esse, senti-me na obrigação de tirá-lo do esquecimento e revigorar o seu ânimo, que há muito já está mais exaurido que o meu.

O terceiro ano começou e, de encontro às minhas expectativas idealizadas de interesse extremo pela nova série e pela nova fase da vida, veio a realidade: ainda, por mais pasmoso que pareça, sou muito ligado às minhas raízes. Entenda-se bem que isso não foi um processo linear, e que tive sim momentos de êxtase na cidade em que resido hoje. Porém, ao voltar de férias a Cruz Alta, após o término do segundo ano, construí amizades novas, antes impensadas, e fortaleci outras sobremaneira que não consigo e muito menos quero abrir mão dessas pessoas. Vale destacar que essas pessoas são hoje meus melhores amigos, mesmo não os tendo comigo todos os dias. Por eles, incendeio o sentimento mais puro e por eles espero ansioso a chegada de cada sábado, aguardando o reencontro.

Sem querer seguir uma ordem plana de raciocínio, e pretendendo externar os pensamentos que me alfinetam de imediato, mudarei de assunto tão bruscamente como quem fala de batatas fritas e começa a citar saladas. Aliás, em meio a frituras, comilanças e correrias, tenho tentado dar ritmo aos meus estudos. O último ano me assusta. O incrível é que o compasso, que já deveria estar aderido à minha pele e à minha mente, ainda não foi atingido e a busca por ele me cansa, como se minha cota de esforços excessivos já estivesse esgotada. Conseguirei o que quero, no ritmo que quero. É isso que garanto para vocês e que garanto garantir para mim mesmo. E tenho dito.

Quanto aos sentimentos mais diversificados, simplesmente não sei o que será do amanhã. Entre idas e vindas, voltas e reviravoltas enlouquecedoras e alucinantes, só espero que a minha felicidade seja o fim, sempre. Quanto à busca por ela, logicamente não envolverá processos simples e prontos. Passarei por curvas sinuosas e por caminhos desconhecidos. Mas quem foi que disse que a felicidade não é um fim em si mesmo? Quem sabe, meus caros, a busca dela, seja a própria. O início, o meio e o fim. Sim, posso ser um louco, insano, mas prefiro acreditar na metafelicidade!

sábado, 29 de janeiro de 2011

Saindo da inércia

Em meio a minha vadiagem típica de férias, a inspiração necessária para escrever neste blog tem sido tão escassa quanto os dias em que a chuva não caiu sobre Cruz Alta. Entretanto, para dissipar tal comparação só me restam duas alternativas: Torcer para que a chuva, por um milagre divino, dê uma trégua ou ressucitar da inércia vergonhosa de minhas férias e tentar tornar palavras algumas ideias proveitosas.

Nesses últimos dias têm me passado muito mais ideias subjetivas pela cabeça do que objetos propriamente ditos. Então, com o perdão do leitor, pode ser que daqui saia um texto excessivamente subjetivo. Isso pode causar tanto tédio quanto êxtase, uma vez que as palavras que não entregam diretamente o foco de sua descrição podem exaurir a paciência de meu caríssimo leitor, ou em vez disso podem abrir-lhe o apetite da curiosidade.

O fato é que nesses últimos dias estou entrando em fase de readaptação. As férias ultrapassam a metade e a ideia de abandonar todos os laços que fortaleci nesse período me abomina. Não quero entrar na fase do desapego novamente. O gramado da nova casa é tão bonito e cada vez mais me encanta. As flores que o enfeitam parecem mais bonitas toda vez que as vejo. Mas as novidades e a hospitalidade que o o jardim da minha antiga casa trazem, sempre que a visito, ainda parecem atraentes o bastante para que eu tenha medo de abandoná-lo.

Na volta a esse jardim eu cultivei alguns recantos separados do restante do pátio. E há dois, em especial, que me satisfazem mais. Em um cultivo cerca de dez flores, mas há tanta beleza e candura nelas que nunca me preocupo em contar o número exato em que se encontram. São belas e únicas. Têm entre si uma relação tão íntima que parecem entender a alma das demais e por esse fato guardam dentro de suas cores vivas e singulares uma parte de minha própria alma. O outro recanto ainda é pequeno, e abriga uma rosa solitária. O sol ainda tenta a fazer desabrochar, mas o que mais faz bem a ela é o tempo. E é esse senhor de tudo que me mostrará também a dimensão real que esse recanto terá. Mesmo que na minha imaginação ele pareça ofuscar a beleza do restante do jardim.

E já que falamos no tempo, aproveito para dizer que é ele que corre e tem pressa para chegar a mim. Parece ansioso para me mostrar as novidades de Fevereiro. Como uma criança que aguarda o presente do Papai Noel, eu espero que as novidades satisfaçam meu gosto extremamente exigente, e que o tempo, bem como o bom velhinho, acerte o presente que me agrade.

Cheguei num alvo cuja própria subjetividade embaraça qualquer ponto concreto. Há só uma coisa a dizer: TIC! TAC! TIC! TAC! TIC! TAC! TIC! TAC!TIC! TAC! TIC! TAC!TIC! TAC! TIC! TAC!TIC! TAC! TIC! TAC!TIC! TAC! TIC! TAC!TIC! TAC! TIC! TAC!TIC! TAC! TIC! TAC!TIC! TAC! TIC! TAC!TIC! TAC! TIC! TAC!TIC! TAC! TIC! TAC!TIC! TAC! TIC! TAC!TIC! TAC! TIC! TAC!TIC! TAC! TIC! TAC!TIC! TAC! TIC! TAC!TIC! TAC! TIC! TAC!TIC! TAC! TIC! TAC!TIC! TAC! TIC! TAC!TIC! TAC! TIC! TAC!TIC! TAC! TIC! TAC!TIC! TAC! TIC! TAC!TIC! TAC! TIC! TAC!TIC! TAC! TIC! TAC!TIC! TAC! TIC! TAC!TIC! TAC! TIC! TAC!TIC! TAC! TIC! TAC!TIC! TAC! TIC! TAC!TIC! TAC! TIC! TAC!TIC! TAC! TIC! TAC!TIC! TAC! TIC! TAC!TIC! TAC! TIC! TAC!TIC! TAC! TIC! TAC!TIC! TAC! TIC! TAC!TIC! TAC! TIC! TAC!TIC! TAC! TIC! TAC!TIC! TAC! TIC! TAC!TIC! TAC! TIC! TAC!TIC! TAC! TIC! TAC!TIC! TAC! TIC! TAC!TIC! TAC! TIC!

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Chove

Se você mora em Cruz Alta deve saber muito bem que foram raros os dias deste verão que não se acinzentaram repentinamente e deixaram a chuva cair desenfreadamente. E se você não mora aqui, há de convir que chuva está longe de ser a coisa mais desejada no verão, pelo menos para aqueles que querem curtir o aspecto mais valoroso que esta estação tem a nos dar: o seu calor!

Bom, não estou reclamando dessas benditas gotas que insistem em cair em meio ao meu verão, elas têm alguma serventia... E a utilidade de agora será representar a metáfora de um momento da minha vida, e talvez da sua...

Imaginemos nós que a vida fosse algo quente, a todo instante, incessantemente...
Em um sentido primário poderia ser algo realmente satisfatório, claro, mas pensemos melhor... Quando a vida esquenta demais fica difícil projetar o rumo que vamos querer dar a ela. O raciocínio fica embaçado e as ações resultantes são, por muitas vezes, impetuosas, e você sabe bem que o ímpeto não é o melhor amigo de alguém que quer fazer as coisas bem pensadas.

Entenda-se bem que não quero, e não estou sugerindo que alguém quer, ter uma vida extremamente racional. O calor da hora é uma das coisas que mais ajuda a construir os momentos de alegria e felicidade. O problema é quando temos um calor de 24 HORAS, porque em alguma dessas 24 horas você vai tropeçar em seus próprios passos afoitos e as complicações serão inevitáveis.

Onde é que a chuva entra nessa história toda? É aí que está o centro de toda esta minha metáfora... Se o calor perdurar 24h por dia não teremos tempo para pensar, planejar o agora e tampouco o depois. É fundamental termos alguns instantes de chuva refrescante também na nossa vida. São esses momentos de inteira sanidade que nos darão maior segurança para seguir feliz, e da maneira correta.

Então, enquanto mando embora a chuva que cai durante minhas tardes de verão, peço que a chuva que refresca meus pensamentos continue caindo... Ando precisando dela!

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

2011!

E abrindo meus trabalhos em 2011 dou um viva à amizade pura e compreensiva,
aos sentimentos verdadeiros e recíprocos
ao empenho em fazer dar certo
à justiça no julgar das ações
ao verão que é tão quente na pele quanto no coração
e a todos os que de alguma forma veem na vida algo maior do que o seu próprio umbigo!

2000!

Exclui o contador aquele que estava dando alguns problemas...
Mas sigo informando-os segundo o oficial, cedido pelo Blogger:
Total de visitas:

2042!