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quarta-feira, 30 de maio de 2012

Maioridade, maturidade, responsabilidade

Daqui a uma semana, chegará o tão esperado dia de tornar-me maior de idade. Todavia, ainda que muito desejado, estes 18 anos têm me inebriado de uma série de indagações. Tenho pensado em até que ponto as palavras que titulam este texto têm relação na minha vida, e até onde posso levá-las como integralmente partes de mim...

 Em momentos como esse, de confusa reflexão, uma explosão de erros e acertos vêm a minha mente. E fazem o trajeto do modo mais inquietante, como se uns pulverizassem os outros no ar, em um jogo no qual quem restar no final se definirá o vencedor...

 Pensamentos vão e voltam, confundem-se, confundem-me... e por lapsos conclusivos, até certo ponto, fica-me claro, como que por iluminação racional, que a vida não é um tabuleiro de xadrez onde seus erros batalham com seus acertos. A vida talvez seja um protótipo de engrenagem - isso sim - em que cada disco denteado só é efetivado depois de feitas as devidas experiências, a fim de se obter a máquina mais forte e mais indestrutível.

 A propósito de experiências, sobre elas posso dissertar sem medo. Afinal, não vim com manual de instruções e tive que aprender aos poucos com que peças eu funcionava melhor. Descobri que minha engrenagem têm alguns eixos fundamentais, ao redor dos quais os demais trabalham, potencializando a máquina como um todo; Família - Amigos - Amores. E marejam-me os olhos ao escrever este parágrafo, pois fulminam-me flashes de minha vida... retornam a mim lembranças felizes, enchem-me de saudosismo (confesso que agora doloroso) dos tempos passados, trazem a mim a visão e o julgamento das trocas das peças; as que foram descartadas, as novas, as recolocadas, as indestrutíveis... E deixam-me confuso, exatamente por isso. Será que estou pronto para ser decretado maduro para o mundo, tendo em vista que maturidade e responsabilidade significam ter o tempo e a precisão das escolhas corretas?

 Como saberei se minha vida não teria sido melhor optando por este ou aquele outro caminho? Se não teria sido mais prazeroso a escolha oposta? Se ter sido mais simpático com aquela pessoa não a transformaria em um grande amigo? E se tivesse sido diferente?

 E sabem qual a resposta que me tranquiliza? A de que não há resposta, senão a simples e singela de que se não fossem todos esses erros e arrependimentos e reflexões e lembranças, eu não seria eu. Sou meus erros, sou meus acertos, sou os caminhos que decidi seguir. Sou as consequências, sou as decisões de voltar atrás, sou os pedidos de desculpa. Se sou maduro, responsável? Quem o é totalmente? (acertos - erros)= felicidade? Quem pode dizer que aprendeu a fórmula para ser feliz?

 Sigo, portanto, aguardando essa nova fase com o compromisso de mudar as peças tantas vezes forem necessárias. A vida é feita de escolhas. A propósito... "compromisso"... "escolhas"... seria isso responsabilidade??? AH, meus 18 anos...

Um comentário:

  1. Você escreve muito bem! Dá até inveja! Espero que tenha um ótimo aniversário de 18 anos ! (:

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