Total de visualizações de página

sábado, 29 de janeiro de 2011

Saindo da inércia

Em meio a minha vadiagem típica de férias, a inspiração necessária para escrever neste blog tem sido tão escassa quanto os dias em que a chuva não caiu sobre Cruz Alta. Entretanto, para dissipar tal comparação só me restam duas alternativas: Torcer para que a chuva, por um milagre divino, dê uma trégua ou ressucitar da inércia vergonhosa de minhas férias e tentar tornar palavras algumas ideias proveitosas.

Nesses últimos dias têm me passado muito mais ideias subjetivas pela cabeça do que objetos propriamente ditos. Então, com o perdão do leitor, pode ser que daqui saia um texto excessivamente subjetivo. Isso pode causar tanto tédio quanto êxtase, uma vez que as palavras que não entregam diretamente o foco de sua descrição podem exaurir a paciência de meu caríssimo leitor, ou em vez disso podem abrir-lhe o apetite da curiosidade.

O fato é que nesses últimos dias estou entrando em fase de readaptação. As férias ultrapassam a metade e a ideia de abandonar todos os laços que fortaleci nesse período me abomina. Não quero entrar na fase do desapego novamente. O gramado da nova casa é tão bonito e cada vez mais me encanta. As flores que o enfeitam parecem mais bonitas toda vez que as vejo. Mas as novidades e a hospitalidade que o o jardim da minha antiga casa trazem, sempre que a visito, ainda parecem atraentes o bastante para que eu tenha medo de abandoná-lo.

Na volta a esse jardim eu cultivei alguns recantos separados do restante do pátio. E há dois, em especial, que me satisfazem mais. Em um cultivo cerca de dez flores, mas há tanta beleza e candura nelas que nunca me preocupo em contar o número exato em que se encontram. São belas e únicas. Têm entre si uma relação tão íntima que parecem entender a alma das demais e por esse fato guardam dentro de suas cores vivas e singulares uma parte de minha própria alma. O outro recanto ainda é pequeno, e abriga uma rosa solitária. O sol ainda tenta a fazer desabrochar, mas o que mais faz bem a ela é o tempo. E é esse senhor de tudo que me mostrará também a dimensão real que esse recanto terá. Mesmo que na minha imaginação ele pareça ofuscar a beleza do restante do jardim.

E já que falamos no tempo, aproveito para dizer que é ele que corre e tem pressa para chegar a mim. Parece ansioso para me mostrar as novidades de Fevereiro. Como uma criança que aguarda o presente do Papai Noel, eu espero que as novidades satisfaçam meu gosto extremamente exigente, e que o tempo, bem como o bom velhinho, acerte o presente que me agrade.

Cheguei num alvo cuja própria subjetividade embaraça qualquer ponto concreto. Há só uma coisa a dizer: TIC! TAC! TIC! TAC! TIC! TAC! TIC! TAC!TIC! TAC! TIC! TAC!TIC! TAC! TIC! TAC!TIC! TAC! TIC! TAC!TIC! TAC! TIC! TAC!TIC! TAC! TIC! TAC!TIC! TAC! TIC! TAC!TIC! TAC! TIC! TAC!TIC! TAC! TIC! TAC!TIC! TAC! TIC! TAC!TIC! TAC! TIC! TAC!TIC! TAC! TIC! TAC!TIC! TAC! TIC! TAC!TIC! TAC! TIC! TAC!TIC! TAC! TIC! TAC!TIC! TAC! TIC! TAC!TIC! TAC! TIC! TAC!TIC! TAC! TIC! TAC!TIC! TAC! TIC! TAC!TIC! TAC! TIC! TAC!TIC! TAC! TIC! TAC!TIC! TAC! TIC! TAC!TIC! TAC! TIC! TAC!TIC! TAC! TIC! TAC!TIC! TAC! TIC! TAC!TIC! TAC! TIC! TAC!TIC! TAC! TIC! TAC!TIC! TAC! TIC! TAC!TIC! TAC! TIC! TAC!TIC! TAC! TIC! TAC!TIC! TAC! TIC! TAC!TIC! TAC! TIC! TAC!TIC! TAC! TIC! TAC!TIC! TAC! TIC! TAC!TIC! TAC! TIC! TAC!TIC! TAC! TIC! TAC!TIC! TAC! TIC! TAC!TIC! TAC! TIC! TAC!TIC! TAC! TIC!

Um comentário: