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domingo, 21 de novembro de 2010

Boas novas

Eu provavelmente não estarei, ao menos no período das próximas três semanas, mais livre do que nesse exato momento para escrever algo interessante. E juro que minha vida tem me dado recentes motivos para me alegrar, e isso é mais do que suficiente para inspirar-me palavras.

No dia 4/11, assumirei, se tudo correr bem, como Mestre Conselheiro do meu capítulo em Cruz Alta (Ordem Demolay) e isso me deixa animado pra contar os dias para esse momento. É algo de suma importância, que me enche de orgulho, ao mesmo tempo que me prega novas responsabilidades. Dessa vez são responsabilidades boas, que me ensinarão cada vez melhor a arte de viver.

Somando-se a isso, nesses tres útimos dias, em especial, algo tem me chamado a atenção. Não de forma certeira, que torne extintas todas as minha dúvidas e inseguranças, mas de uma forma confortante, que leva doses de adrenalina pulsante ao me sangue, deixando ébrio mais uma vez uma parte de mim que jazia no solo pungente da racionalidade.

E por fim, para completar,recebi hoje uma notícia que me deixou muito, mas muito feliz. Algo que vem como recompensa de um período não muito bom, em que a luta contra aquele mal foi feita de mãos dadas, e hoje ele está pulverizado sob nossos olhares. Palmas eu dou ao grande vitorioso disso tudo, que conseguiu vencer as adversidades com o espírito da superação. Palmas pra você, que saberá quem é!

E a você que leu e não entendeu nadinha disso tudo. Fique com apenas esa última frase:

ESTOU FELIZ!

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Recompensa

Ontem, na Câmara de Vereadores de Santa Maria, foi a premiação do Concurso Literário Municipal, no qual fui contemplado com o 1º lugar. Foi a segunda vez, em dois anos, que eu obtive uma premiação devido a minhas palavras. É, com certeza absoluta, inspirador e recompensante obter tais êxitos; são fatos que enrijecem a alma de quem é aclamado por eles e dão ânimo para seguir projetando minha consciência crítica nas palavras, que por um presente divino, aprendi a usar. Agradeço a todos os que participaram direta ou indiretamente desse conquista.


Abaixo, seguem os dois textos com os quais consegui premiações nos concursos da cidade.

2010

XXXI Concurso Literário Municipal
Colégio Riachuelo
1º Lugar Crônica
Eduardo Librelotto Fernandes


Paradoxo

Estava a minha vizinha mendiga - como já fizera outras vezes - a preparar seu 'cafofo' ao lado da farmácia. A organização e o cuidado com que a mulher de trajes maltrapilhos dispunha seus objetos era algo fascinante por si só. Porém, depois de, aparentemente, concluir seus afazeres 'domésticos', alguma coisa curiosa aconteceu. A vizinha se encaminhou à 'mesa do almoço', improvisada no meio-fio. Sentou-se. Abriu uma sacolinha com alguns alimentos bagunçadamente amontoados e retirou seu bife salpicado de grãos de arroz. Abocanhou-o, nitidamente famélica. Entre seus dedos, escorriam os farelos despedaçados pelos dentes espaçadamente dispersos na boca quase banguela. Seus olhos fitavam o alimento e pareciam nada mais ver. Duas lentes fixas em um foco, como que com medo de que o alimento fugisse e a fome voltasse. Não percebia os passos velozes dos indivíduos que passavam, e estes tampouco a notavam diante da nuvem de detritos sociais que a encobriam.

Farejando os cantos da calçada, na esperança quase mórbida de não perecer, um cão esquelético aproximou-se, no instinto guiado pelo cheiro da carne. Estava perto demais. A mendiga notou. Uma troca de olhares marcou-se. Olhares de ambos os animais, um perante a sociedade, outro perante a natureza. Desconfiada, a mendiga olhou para o cachorro e voltou-se para os dedos, que seguravam firmemente um terço do bife. O baque ocorreu então. Sem titubear mais nem um instante, a mendiga abriu a mão e deixou o cão tomar-lhe o resto de seu almoço. Um sorriso sincero abriu-se naquele rosto maltratado. O sorriso de recompensa da solidariedade em essência.

Era extremamente paradoxal presenciar aquele fato. À medida que minha retina processava as imagens, os fragmentos iam se unindo em forma de reflexão. Era difícil acreditar. A mulher que costuma lutar diariamente pela sobrevivência, sob os olhos coniventes e egoístas dos transeuntes da cidade, mostrando que, mesmo imersa na miséria pungente, o estômago continuava menor que o coração. Um ato que poderia parecer impensado, ignorante... Contudo, era algo muito mais virtuoso, algo que a incompreensão de quem enxerga os fatos friamente é absolutamente incapaz de perceber. Um ato de nobreza; uma ação com alma impregnada, mesmo com a singeleza dos atos de uma mendiga. O paradoxo da riqueza dos fatos na pobreza da cidade.

2009

Concurso Verde que te quero verde, Jornal ‘A Razão’
1ª, 2ª e 3ª séries do Ensino Médio – Categoria Redação

1º Lugar: Eduardo Librelotto Fernandes


Ao planeta, empresto a minha voz

Flagrei-me, outro dia, em uma de minhas reflexões sobre o futuro, a imaginar o mundo dos meus sessenta anos. Meu céu, antes límpido e de azul resplandescente, escondia-se por entre os incontáveis arranha-céus; meu sol, que antes ofuscava o brilho de todas as coisas com sua suntuosidade, agora não era nem notado ante às nuvens de detritos que o encobriam. De nossos bosques, que antes tinham mais vida, não sobraram nem as lágrimas de dor ao serem mutilados.

Parei, frustrado; não posso apenas conformar-me e ser condescendente a esta realidade que toma forma aterrorizante e que ameaça destruir as formas básicas e perfeitas de nosso planeta. Isso porque, sendo você cético ou crente na existência de um Deus superior, não se pode desprezar o fato de que tudo q eu existe tem uma finalidade definida; nem ser ignorante ao ponto de pensar que nossa complexidade medíocre se equipara à magnitude de nossa Terra.

Se os apelos por socorro emanados por nossa natureza em chagas são emudecidos pela ganância que norteia os rumos de nosso mundo, eu empresto minha voz ao planeta e profiro gritos de socorro a todas as classes, pois vivemos todos em um mesmo mundo e é mister a todos a conservação dele.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Surpresa!

Eu descobri agora uma ferramenta do BLOGSPOT que me mostra as estatísticas do meu blog, desde a criação dele.

Quando pus o contador, o blog já tinha algum tempinho de existência, então tive que começar a contar do zero. Agora, com essa ferramenta OFICIAL, tenho o número exato e TOTAL de visitas do blog. Compartilhem comigo dessa surpresa!

# TOTAL DE VISITANTES: 1.301
#ORIGEM DOS VISITANTES: *1282 - BRASIL
*10 - EUA
*7 - CANADÁ
*1 - RU
*1 - MÉXICO


Agora, dá uma lidinha no post aqui de baixo. ABRAÇÃO

Devaneio 1

Se você começou a ler esse post achando que vai encontrar alguma informação bombástica ou uma super-hiper-mega-reflexão, é melhor voltar outra hora. Estive pensando em como a rotina, ou mesmo a mínima alteração dela pode gerar algumas palavras excêntricas, que encaixadas da maneira correta, podem ser prazerosas para mim, ou para você.

Hoje o céu destoou, e muito, dos tons anis que tem apresentado. Um cinza melancólico e uma brisa gélida fizeram a manhã parecer completamente deslocada do contexto "estio" a que rapidamente me acostumei. Aula, rotina, rotina, aula. No meio da monotonia e do silêncio de acontecimentos marcantes, ouvia-se ao fundo meu sangue clamar por glicose. Acordei muito tarde e não me restou tempo para pôr nada no estômago. Azar. Ou talvez sorte, porque alicerçado a esse fato ou não, tive um devaneio que me fez dar algumas risadas internas e intimistas.

Não me lembro do assunto, nem da matéria, mas ouvi a professora balbuciando sílabas perdidas, na intensão vã de caracterizar algo como AVASSALADOR.(Já avisei que o que se seguiria não seria NADA surpreendente) Lá vai meu devaneio número 1.

Depois de ter dito a palavra, fiquei desmontando-a mentalmente, sem nenhuma intensão prévia, senão passar o tempo inconscientemente. A-VASSALA-DOR --> A+DOR=indicadores de ação, transformação; VASSALO= nobre da Idade Média que servia a um outro nobre, jurando, de joelhos, fidelidade. AVASSALADOR = Tornar algo ou alguém seu vassalo, deixar de joelhos, sucumbir.

Não, nada inteligente ou admirável. O significado é esse mesmo, no dicionário, porém o uso que se faz dessa palavra é algo bem distinto dos moldes medievais que ela traz em seu intrínseco significado. E então, mesmo tendo deduzido uma coisa óbvia, percebi que essa, como muitas outras, é uma palavra que teve seu significado transformado do original, mas que analisada atenciosamente, revela sua essência verdadeira.

E o que são as palavras, senão a representação simbólica de nossos atos, seres e almas? Às vezes uma intenção, um uso, mas uma essência diferente.