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quinta-feira, 6 de maio de 2010

Por quê?

Ouço pessoas gritando lá fora. Encarcerado em meu apartamento no centro da badalada Santa Maria,apenas escuto os ruídos da noite. Mas hoje, particularmente, me refiro a uma situação de algazarra diferente à das baladas noturnas que se acometem preferencialmente na trinca sexta-sábado-domingo. Falo da comemoração por resultados esportivos. Quarta e quinta-feira. Especialmente essa quarta e esta quinta-feira, em que o Rio Grande do Sul viu-se dividido, após um embate gloriosa e merecidamente tingido de azul, foi a vez de Grêmio e Internacional jogarem suas vidas nas competições a que estão vinculados.

Ontem, confesso sem sombra de culpa, que pulei, gritei e, sim, abri a janela e xinguei meus dóceis vizinhos colorados. Vencemos as quartas-de-final. Minha quinta-feira, mesmo regada a uma maratona exaustiva de provas de Biologia, Matemática, Português e Geografia, amanheceu mais serena, sorridente e, sobretudo, azul.

A questão que me traz a estar prostrado em frente a meu notebook, digitando freneticamente esse “post” é a seguinte: Por que esses colorados infelizes estão nas ruas em plena quinta-feira, infringindo a ordem pública para comemorar uma passagem de fase da Copa Libertadores? Respondo de prontidão que é o mesmo motivo pelo qual meu dia amanheceu mais sereno,sorridente e azul. E embora não tenha certeza absoluta acerca da razão por que isso acontece, arrisco em dizer que é a necessidade de o brasileiro, pôr, em alguns momentos de sua vida, a condição de felicidade e alegria atrelados a outras pessoas, equipes ou agremiações. Tira-nos um pouco a responsabilidade de buscar a realização sozinhos, sempre.

Finalmente, deixo-lhes uma confissão. Não escrevi esse “post” com a finalidade exata de formular a teoria expressa nas últimas linhas do parágrafo anterior. Queria, em verdade, é perguntar, sem querer resposta, por que esses colorados f... da p... não me deixam dormir em paz, na serenidade de meus sonhos azuis.

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